Negligência do Hospital Dr. Beda destrói um sonho, acusa família
Um sonho encerrado abruptamente, é assim que define-se o que aconteceu com Amanda Rodrigues, que buscava o sonho de ter uma vida mais saudável.
Um sonho encerrado abruptamente, é assim que define-se o que aconteceu com Amanda Rodrigues, que buscava o sonho de ter uma vida mais saudável e feliz, porém, o sonho dela transformou-em pesadelo para amigos e familiares.
Amanda era desconfortável com seu peso, e após anos de tentativas para emagrecer, foi lhe recomendada a cirurgia bariátrica, procedimento em alta e muito eficiente na maioria dos casos. Após anos de bulliyng e incontáveis comentários ofensivos, ela viu na recomendação médica uma oportunidade para ganhar mais qualidade de vida e auto estima.
Procurou alguns especialistas para dar início ao pré-operatório, e decidiu por um Cirurgião Geral Gustavo Cunha, médico particular credenciado no Hospital Dr. Beda. Muito simpático, logo ganhou a confiança de Amanda, e assim foi até o dia 17 de janeiro de 2017, quando deu entrada para a cirurgia. Já no repouso, ela relata fortes dores na perna, por conseguinte, lhe é prescrito pelo cirurgião um anticoagulante, que foi repetido no dia seguinte. A mãe da paciente conversou com o médico sobre a possibilidade de trombose, pois a filha tinha, por questões genéticas, uma grande possibilidade para desenvolver o quadro.
Devidamente informado, o médico manteve o tratamento para 2 dias apenas, e após 10 dias ,ela retorna ao Beda com fortes dores abdominais. Realizou uma tomografia, onde nada de anormal foi constatado. Amanda relatou muitas dores e falta de ar, mas ainda assim o médico diminuiu os remédios para dor, e informou a familiares que as dores tinham origem psicológica, mas se a dor persistisse, ele iria realizar outro procedimento cirúrgico, mesmo sem ter feito uma ultrassonografia com doppler, que é o exame recomendado em casos de suspeitas de trombose, haja vista o o relato clínico de fortes dores na perna, e o relato ambulatorial prestado pela mãe sobre a trombose.
Na madrugada do dia 28, às 3h, a mãe de Amanda a encontra desesperada, sem conseguir respirar ou falar, e sai pelo corredores do hospital procurando ajuda. Rapidamente a equipe plantonista a encaminha para a Unidade de Tratamento Intensivo, onde foi constatado o quadro de Embolia Pulmonar. Tudo isso dentro do Beda, na emergência, e ninguém viu, ninguém ligou.
FAMÍLIA
Familiares ainda buscam explicações para o que aconteceu, o pai de Amanda, Marlon Rosa Machado falou que “No momento, o médico internou Amanda e pediu para que fosse aplicado um remédio para dor e falou que, se dor persistisse, ele iria fazer uma outra cirurgia. Mas se a dor passasse, ela iria ter alta. No dia, ele ia fazer exames na Amanda para saber o que estava acontecendo. Ela ficou internada no corredor por falta de leito na unidade de saúde. O médico chegou a dizer que a dor da minha filha era psicológica, o que foi desmentido por ela. Minutos depois, o estado de saúde da minha filha se agravou. Ela ficou com falta de ar e a dor aumentou ainda mais”.
Em seguida, a paciente foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e, em menos de uma hora, não resistiu. Marlon Rosa conta que a filha fez a cirurgia e, em onze dias, não perdeu sequer um quilo. Segundo o pai, no atestado de óbito de Amanda consta que a causa da morte foi embolia pulmonar.
“Nós estamos revoltados, a família toda. Temos certeza que o médico foi um monstro e matou a nossa filha. A gente não quer nada, não quer dinheiro, nada. Só queremos que não aconteça mais isso com nenhuma família”, afirmou Marlon, dizendo ainda que fará registro de ocorrência.
“Estou em contato com meu advogado e ele está me orientando em fazer um registro de ocorrência na delegacia para ter acesso a todos os exames e laudos feitos na minha filha. Eu quero justiça. Sei que não vou ter mais a minha filha de volta. Mas isso pode ajudar outras pessoas e fazer com que vidas não sejam perdidas”, declarou o pai de Amanda.
NÃO É O PRIMEIRO CASO
O caso de Amanda Rodrigues, infelizmente, não é o primeiro caso de negligência do hospital e nem do médico. Em novembro e 2012, Izabel Cristina Paulo Rocha, de 39 anos, morreu após a realização de uma cirurgia bariátrica. Segundo os familiares, ela relatou fortes dores, ao qual foi descrita por Gustavo Cunha como psicológica.
Protestos foram organizados para denunciar o erro médico, porém, não a tempo de Amanda vir a óbito no mesmo hospital e pelas mãos do mesmo profissional.
SEGUE O RELATO EMOCIONADO DA IRMÃ DE AMANDA
O hospital Dr. Beda afirmou que não foi feita nenhuma reclamação formal da família perante o hospital sobre o caso. Segundo a unidade, qualquer informação sobre o episódio não será divulgada no momento por ordem de sigilo médico. O hospital, no entanto, adiantou, que não houve qualquer falha no tratamento de Amanda Rodrigues.
O médico responsável pela cirurgia também falou por meio de nota que “foram seguidos todos os protocolos de atendimento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica” e que “Amanda passou por todas as etapas do pré-operatório, com exames de laboratório e imagem, e avaliações de cardiologista, endocrinologista, nutricionista e psicólogo”. De acordo com ele, “todos os profissionais a liberaram para a operação”.
“Não havia indícios clínicos de trombose. Ela não tinha, por exemplo, veias de grossos calibres. Eu me solidarizo com a dor da família, mas prestei todo o atendimento necessário”, afirmou.
fonte: Diário Planície
Um sonho encerrado abruptamente, é assim que define-se o que aconteceu com Amanda Rodrigues, que buscava o sonho de ter uma vida mais saudável e feliz, porém, o sonho dela transformou-em pesadelo para amigos e familiares.
Amanda era desconfortável com seu peso, e após anos de tentativas para emagrecer, foi lhe recomendada a cirurgia bariátrica, procedimento em alta e muito eficiente na maioria dos casos. Após anos de bulliyng e incontáveis comentários ofensivos, ela viu na recomendação médica uma oportunidade para ganhar mais qualidade de vida e auto estima.
Procurou alguns especialistas para dar início ao pré-operatório, e decidiu por um Cirurgião Geral Gustavo Cunha, médico particular credenciado no Hospital Dr. Beda. Muito simpático, logo ganhou a confiança de Amanda, e assim foi até o dia 17 de janeiro de 2017, quando deu entrada para a cirurgia. Já no repouso, ela relata fortes dores na perna, por conseguinte, lhe é prescrito pelo cirurgião um anticoagulante, que foi repetido no dia seguinte. A mãe da paciente conversou com o médico sobre a possibilidade de trombose, pois a filha tinha, por questões genéticas, uma grande possibilidade para desenvolver o quadro.
Devidamente informado, o médico manteve o tratamento para 2 dias apenas, e após 10 dias ,ela retorna ao Beda com fortes dores abdominais. Realizou uma tomografia, onde nada de anormal foi constatado. Amanda relatou muitas dores e falta de ar, mas ainda assim o médico diminuiu os remédios para dor, e informou a familiares que as dores tinham origem psicológica, mas se a dor persistisse, ele iria realizar outro procedimento cirúrgico, mesmo sem ter feito uma ultrassonografia com doppler, que é o exame recomendado em casos de suspeitas de trombose, haja vista o o relato clínico de fortes dores na perna, e o relato ambulatorial prestado pela mãe sobre a trombose.
Na madrugada do dia 28, às 3h, a mãe de Amanda a encontra desesperada, sem conseguir respirar ou falar, e sai pelo corredores do hospital procurando ajuda. Rapidamente a equipe plantonista a encaminha para a Unidade de Tratamento Intensivo, onde foi constatado o quadro de Embolia Pulmonar. Tudo isso dentro do Beda, na emergência, e ninguém viu, ninguém ligou.
FAMÍLIA
Familiares ainda buscam explicações para o que aconteceu, o pai de Amanda, Marlon Rosa Machado falou que “No momento, o médico internou Amanda e pediu para que fosse aplicado um remédio para dor e falou que, se dor persistisse, ele iria fazer uma outra cirurgia. Mas se a dor passasse, ela iria ter alta. No dia, ele ia fazer exames na Amanda para saber o que estava acontecendo. Ela ficou internada no corredor por falta de leito na unidade de saúde. O médico chegou a dizer que a dor da minha filha era psicológica, o que foi desmentido por ela. Minutos depois, o estado de saúde da minha filha se agravou. Ela ficou com falta de ar e a dor aumentou ainda mais”.
Em seguida, a paciente foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e, em menos de uma hora, não resistiu. Marlon Rosa conta que a filha fez a cirurgia e, em onze dias, não perdeu sequer um quilo. Segundo o pai, no atestado de óbito de Amanda consta que a causa da morte foi embolia pulmonar.
“Nós estamos revoltados, a família toda. Temos certeza que o médico foi um monstro e matou a nossa filha. A gente não quer nada, não quer dinheiro, nada. Só queremos que não aconteça mais isso com nenhuma família”, afirmou Marlon, dizendo ainda que fará registro de ocorrência.
“Estou em contato com meu advogado e ele está me orientando em fazer um registro de ocorrência na delegacia para ter acesso a todos os exames e laudos feitos na minha filha. Eu quero justiça. Sei que não vou ter mais a minha filha de volta. Mas isso pode ajudar outras pessoas e fazer com que vidas não sejam perdidas”, declarou o pai de Amanda.
NÃO É O PRIMEIRO CASO
O caso de Amanda Rodrigues, infelizmente, não é o primeiro caso de negligência do hospital e nem do médico. Em novembro e 2012, Izabel Cristina Paulo Rocha, de 39 anos, morreu após a realização de uma cirurgia bariátrica. Segundo os familiares, ela relatou fortes dores, ao qual foi descrita por Gustavo Cunha como psicológica.
Protestos foram organizados para denunciar o erro médico, porém, não a tempo de Amanda vir a óbito no mesmo hospital e pelas mãos do mesmo profissional.
SEGUE O RELATO EMOCIONADO DA IRMÃ DE AMANDA
O hospital Dr. Beda afirmou que não foi feita nenhuma reclamação formal da família perante o hospital sobre o caso. Segundo a unidade, qualquer informação sobre o episódio não será divulgada no momento por ordem de sigilo médico. O hospital, no entanto, adiantou, que não houve qualquer falha no tratamento de Amanda Rodrigues.
O médico responsável pela cirurgia também falou por meio de nota que “foram seguidos todos os protocolos de atendimento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica” e que “Amanda passou por todas as etapas do pré-operatório, com exames de laboratório e imagem, e avaliações de cardiologista, endocrinologista, nutricionista e psicólogo”. De acordo com ele, “todos os profissionais a liberaram para a operação”.
“Não havia indícios clínicos de trombose. Ela não tinha, por exemplo, veias de grossos calibres. Eu me solidarizo com a dor da família, mas prestei todo o atendimento necessário”, afirmou.
fonte: Diário Planície
Negligência do Hospital Dr. Beda destrói um sonho, acusa família
Reviewed by Anônimo
on
março 07, 2018
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